sexta-feira, 9 de julho de 2010

O médico disse-me que o meu nódulo tinha sido enviado para Inglaterra, pois cá no hospital não conseguiram decifrar.
Por esse motivo, nesta altura, ainda não sabia o resultado.

No dia 24-06-2008 recebi, de manhã cedo, uma chamada do hospital para lá estar por volta das 8:30 desse dia para falar com o médico responsável da patologia mamária.

Entrei no consultório do médico que me disse que eu tinha um tumor vascular chamado sarcoma.

Pediu-me para tirar a camisola, levantar os braços para me examinar e, de repente, começou a ficar um pouco nervoso e fez um telefonema para o meu cirugião dizendo-lhe que quando me fosse operar tinha que procurar os meus ganglios do braço esquerdo, pois ele com apalpação não conseguia encontrar nenhum.

Entretanto perguntei-lhe se já podia ir trabalhar ao que ele me respondeu que talvez daqui a dois anos. Eu não consegui compreender.

Depois disse o médico: "agora falo eu, está bem??".

E começou a falar:

"A senhora tem que fazer com urgência uma mastectomia radical, mas não irá passar pela fase de trauma, pois tiramos o seu seio e metemos uma prótese".

Entretanto tornou a falar com o meu cirugião e ele chamou à atenção que se fosse feito assim quando eu fosse fazer a radioterapia, iria repuxar por debaixo da protese e ia causar dores horriveis.


Assim sendo resolveram operar no dia 02-07-2008 fazendo só a mastectomia radical.

Por esse motivo iria ser novamente internada, o mais rápido possível.

Depois o médico perguntou-me se eu estava bem eu disse que sim e ri-me, dessa parte ele não gostou muito e disse que não estava à espera que eu reagisse assim, eu disse-lhe "Doutor, não se preocupe, estou bem só quero ser tratada o mais rápido possivel", ele disse: "Quanto a isso não se preocupe vá ter com o seu médico à urgência que ele já sabe tudo o que se passa consigo".

Agradeci a atenção e saí do consultório.

Dirigi-me às urgências enquanto isso, esperei, liguei para a minha irmã a contar tudo e foi aí que tudo me caiu em cima.

Quando entrei no consultório o médico olhou para mim e disse: "Estás bem?". E eu respondi: "O Sr.Doutor podia me ter dito quando me fez a apalpação!!" . Ele simplesmente sorriu e marcou-me a operação.

Depois dei por mim a ter que contar a todas as pessoas o que se estava a passar comigo, alguns ficaram em choque, outras não queriam acreditar e mais uma vez consegui dar apoio a quem precisou.

No dia a seguir fui ao cabeleireiro cortar o cabelo curtinho, pois eu não iria aguentar vê-lo cair aos poucos.

O médico quando me informou o que eu tinha, disse-me que talvez fosse fazer radioterapia assim sendo, cortei o cabelo curtinho.

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